Centro regional

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Esta parte do percurso e a próxima não foram incluídas no roteiro do Guia Oficial da Exposição do Mundo Português. Não devendo ser ignoradas, aqui fica a proposta de percurso que os visitantes podiam ter seguido para uma visita completa à exposição.

Depois de percorrido o recinto das Aldeias Portuguesas, os visitantes podiam seguir para a Secção da Vida Popular. Veloso Reis e João Simões foram os responsáveis pelo projeto desta secção, que foi inaugurada a 2 de julho. O objetivo dos pavilhões da Vida Popular era apresentar as várias manifestações de arte e indústrias caseiras resultantes das atividades regionais do povo português, protagonizadas, como aconteceu noutros núcleos da exposição, por artesãos que as exercitavam nas suas aldeias de origem. Esta secção era composta por seis pavilhões: o Pavilhão do Prólogo, o Pavilhão da Ourivesaria, o Pavilhão da Terra e do Mar, o Pavilhão das Artes e Indústrias, o Pavilhão dos Transportes, da Tecelagem e da Olaria, e o Pavilhão da Doçaria e Panificação.

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Os visitantes começavam a sua digressão pelo Pavilhão do Prólogo, que era composto por um átrio em semicírculo com decorações inspiradas nos assuntos populares, e pela sala da Síntese, que patenteava profissões existentes.

Posteriormente, os visitantes atravessavam um espaço exterior (visível na imagem anterior) e encontravam o Pavilhão da Ourivesaria. Também referenciado como Torre de Filigrana, este pequeno pavilhão dedicava-se à mostra da arte da ourivesaria em filigrana.  

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Regressando ao espaço exterior, seguia-se em diração ao Pavilhão do Mar e da Terra. O farol, que persiste até aos nossos dias, era um indicador de uma das temáticas que os visitantes podiam vislumbrar numa das suas sete salas que constituíam este pavilhão, a saber: Pescarias, Rendas, Religião, Superstição, Pastoreio, Caça e Pirotecnia. Além de painéis ilustrativos e peças relacionadas com estas temáticas, grupos de artesãos exerciam trabalhos de artes populares relacionados.

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À saída deste último pavilhão, era possível passear, descansar ou apenas atravessar por um pequeno jardim orlado de parreiral e com um tanque ao meio, antes de concluir esta parte do percurso pela Secção da Vida Popular no seu maior edifício, o Pavilhão da Etnografia Metropolitana.

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O Pavilhão da Etnografia Metropolitana ou da Vida Popular pode ser considerado o palco da visão e discurso económico, social e cultural do Estado Novo, ao conjugar a exaltação da ruralidade e do corporativismo, patente nas peças exibidas nas suas salas, com uma ligeira abordagem da modernização do país, ao nível das infraestruturas apresentadas no Pavilhão das Comunicações e Transportes, assim como na arquitetura do próprio pavilhão. Englobava três pavilhões: o das artes e indústrias (corpo sul do edifício), o dos transportes, da tecelagem e da olaria (corpo sul) e o da doçaria e panificação (corpo norte-poente, inclui claustro e torre).