Inauguração
Com 560 km2, a área disponibilizada para a realização da exposição foi dividida em três secções essenciais:
- Secção histórica, delimitada a nascente e a poente respetivamente pelos pavilhões da Fundação e dos Portugueses no Mundo, tendo o Mosteiro dos Jerónimos como pano de fundo a norte e o rio Tejo a sul, constituída por 8 pavilhões (da Fundação, da Formação e Conquista, da Independência, dos Descobrimentos, da Colonização, de Lisboa e dos Portugueses no Mundo, e a Esfera dos Descobrimentos) e o Bairro Comercial e Industrial;
- Secção de etnografia metropolitana, situada na zona ocidental do recinto da exposição, compreendendo o Centro Regional, as Aldeias Portuguesas e o Parque de Diversões;
- Secção de etnografia colonial, na zona nordeste;
- Uma série de outros pavilhões e equipamentos (restaurantes, centros de informações, parques e jardins, entre outros) que foram considerados pelo comissário-geral da exposição como uma secção per si.
A inauguração oficial realizou-se a 23 de junho de 1940. A cerimónia de abertura foi realizada no Pavilhão da Honra, seguindo-se uma visita à exposição pelos dignatários e figuras do Governo e Forças Armadas convidados. No seu discurso inaugural da exposição, Augusto de Castro definiu três objetivos para a exposição, assim como a tónica subjacente:
- “A projecção sobre o passado, como uma galeria de imagens heróicas da fundação e da existência nacionais, da função universal, cristã e evangelizadora, da raça, da glória marítima e colonial, do Império”,
- “A afirmação das fôrças morais, políticas e criadoras do presente”
- e “Um acto de fé no futuro”.
No contexto da celebração dos Centenários, além da Exposição e do Congresso do Mundo Português, realizou-se um desfile, desigando por Cortejo Histórico ou do Mundo Português (fotografias na coluna à direita), que pretendia apresentar aos espectadores uma visão de Portugal ao longo das várias épocas históricas, com enfoque nalguns episódios fulcrais da nossa história. O cortejo, da responsabilidade de Henrique Galvão, teve lugar na semana a seguir à inauguração oficial da exposição (30 de junho). Galvão já tinha dado provas do seu talento noutras ocasiões deste género, como na Exposição Colonial do Porto e no Cortejo de Lisboa. Na Exposição era o responsável pela secção de Etnografia Colonial, o que lhe teria permitido recolher informação revlevante para a organização do Cortejo.