Trabalhos preparatórios
A 11 de abril de 1938, através de uma portaria da Presidência do Conselho, é criada a Comissão Nacional das Comenorações, que ficaria “encarregada de promover as comemorações do Duplo Centenário”. Foi indicado Alberto de Oliveira – que acabaria por falecer antes da inauguração da exposição, a 23 de abril de 1940 – como presidente, José Capelo Franco Frazão como vice-presidente e António Ferro como secretário, além de inúmeras individualidades de relevo para vogais da comissão. Posteriormente, através do decreto-lei nº 29.087 de 28 de outubro de 1938, foi definida a composição de uma Comissão Executiva, que tinha como objetivo levar a cabo o programa das comemorações do Duplo Centenário aprovado pela Comissão Nacional; o mesmo decreto criava também um Comissariado da Exposição do Mundo Português, com o objetivo central de organizar e operacionalizar a exposição em si, em coordenação com a Comissão Executiva. A comissão teve Júlio Dantas como presidente, António Ferro como secretário-geral, e Reinaldo dos Santos, Henrique Linhares de Lima e Manuel Silveira e Castro como vogais. Em 4 de Janeiro de 1939 foram nomeados para o comissariado os seguintes indivíduos:
- Augusto de Castro, como comissário-geral,
- Sá de Melo como, comissário-adjunto,
- Cottinelli Telmo, como arquiteto-chefe,
- Gustavo Matos Sequeira, como diretor dos serviços de coordenação histórica,
- Leitão de Barros, como diretor dos serviços externos,
- António Pinto Machado, como diretor dos serviços de turismo,
- e Jorge Gomes de Amorim, como diretor dos serviços de jardins e parques.
Entre 31 de janeiro de 1939 e dezembro de 1940 foi publicada a “Revista dos Centenários”, que exercia uma dupla função: acompanhamento dos trabalhos relacionados com a exposição, na forma de instrumento de informação e arquivo, e apelo à população para a sua participação nas comemorações, para a entusiasmar com o evento de tão elevadas proporções. Ainda em janeiro de 1939, mês e ano da criação do comissariado da exposição, a estrutura da exposição era definida por um grupo de arquitetos dirigidos por Cottinelli Telmo, materializada no seu anteprojeto geral, o qual já previa a distribuição dos pavilhões a edificar.
17 meses foi o tempo necessário para a concretização do projeto, desde a concepção até à realização das necessárias obras. Em termos de esforço humano, contou com 5000 operários, 15 engenheiros, 17 arquitetos, 43 pintores-decoradores com 129 auxiliadores e mais de 1000 modeladores-estucadores, sob a direção de 7 chefes.